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O Vermelho do MASP


         Poucos sabem, mas desde sua construção em 1968 até o ano de 1990, os grandes pórticos do MASP não eram vermelhos.

O Museu de Arte de São Paulo em 1978.
Foto de Hugo Segawa.

         Embora em croquis iniciais, Lina Bo Bardi apresente a ideia da cor vermelha para os dois pórticos estruturais, os dez anos que separaram o início das obras (em 1958), até a conclusão do edifício, acabaram por mudar o projeto. Embora a própria arquiteta nunca tenha admitido, e ninguém tenha escrito sobre o assunto, parece óbvio que a escolha pela estética do concreto aparente é fruto do fenômeno arquitetônico ocorrido naqueles anos. Lina pode simplesmente ter decidido seguir a linguagem de seus contemporâneos, já sugestivos em seus projetos anteriores.

O edifício algum tempo antes de sua inauguração, ainda com a transparência dos caixilhos.
Foto de Hans Gunter Flieg.

         O vermelho só aparece no início da década de 1990, por consequência de problemas técnicos: infiltrações ameaçavam a integridade das obras de arte. A impermeabilização da cobertura havia sido bem executada, no entanto, em dias de fortes chuvas, a água penetrava pelas grandes vigas invertidas, que não haviam sido impermeabilizadas. A pintura dos pórticos em "vermelho-bombeiro" provém da necessidade de impermeabilização da estrutura.
         Para mais detalhes do fato, recomendamos a leitura do texto de Alex Miyoshi, postado no Vitruvius, clicando-se aqui.

Links para as fotografias:

Comentários

  1. Eu mudaria a cor dos pórticos estruturais para verde e amarelo.

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    1. Cara deixa de ser retardado, pelo amor de Deus! É só uma cor vermelha, é a cor da maquete dos anos 50, é uma cor que representa São Paulo, não tem nada a ver com PT deixa de ser jumento.

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    2. Concordo Renato ! Nada como as cores do Brasil em um símbolo arquitetônico e ícone da arte no país !

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    3. deviam fazer uma consulta popular sobre VERDE AMARELO ou VERMELHO.

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    4. Deviam estudar um pouco de direitos autorais para entender que a cor determinada pelo autor integra a obra de arte e tem que ser respeitada.

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    5. A autora nunca determinou que fossem vermelhas. Em um croqui inicial ela coloriu de vermelho, no entanto o projeto era de concreto aparente. A desculpa de que foi pintado de vermelho devido a necessidade de impermeabilização é no mínimo ridícula. Acredito que podemos voltar ao projeto inicial da arquiteta e retirar o vermelho, reabrir a feira de antiguidades que se realizava no vão livre e tomar vergonha na cara e retirar os moradores de rua que acham que podem ocupar o vão livre. O vão livre foi criado para manifestações populares artísticas e não para isso.

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    6. Miguel, conheço a história e é verdadeira! Contada por quem descobriu as infiltrações no MASP e esteve na reunião onde a Lina, junto com seu marido Pietro e a equipe da CBPO e Figueiredo Ferraz. Segundo essa testemunha a vontade da Lina era desde o início usar a cor vermelha, porém acabou desistindo durante o projeto e retomando o assunto apenas após a necessidade de uma proteção impermeabilizante para a superfície das fachadas.

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