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Monet nas passarelas

Para a ARTE não existe limite. Arte é aquilo que nos envolve (arquitetura), melodia (música), aquilo que a mente quantifica em palavras e poesia (literatura), e até mesmo aquilo que nos veste (moda).
E o que acontece então no momento em que duas artes se juntam numa mesma experiência?


Suzan Polegato estilista e estudante de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Moura Lacerda - Ribeirão Preto - SP
Trabalho de Conclusão de Curso - MODA no Senac 2011 

Lago das Ninféias
   
 
 
"Uma pincelada aqui, outra lá uma cor aqui e outra lá, na mistura de cores, texturas e na profundidade azul do lago de Giverny, Monet aflorasse com as suas nenúfares. A impressão é seu codinome, a fugacidade da luz e do tempo é seu adversário, seu talento é sua vida. Monet pinta seu jardim flor por flor, gota por gota numa massa borrada de cor, em pinceladas soltas e abstratas. As nenúfares ou suas ninféias, são as protagonistas, dançam sob o movimento da água e dos galhos dos salgueiros. Perdem a sua forma e ganham cor. Do fundo do lago até o seu azulado há a transparência da água, o reflexo do mundo de Monet, de suas dores e de seus amores. Do nascer do sol ao anoitecer da lua, dos dias de um Outono, as folhas secas e sem cor caem sob o lago, misturando-se com a as cores fortes das ninfeias.
O lago e as ninféias viram estampas no tecido, de peças que se movimentam á estruturadas, com recortes e a primeira impressão, sem costura e sem acabamento, mostram a instantaneidade do impressionismo, da retratação da fotografia. Na mistura óptica as cores fortes das ninféias e o grande azulado do lago são sobrepostos aos tons sem cor do Outono. O Reflexo da água vira reflexo dos espelhos, detalhes que iluminam o Outono e duplicam a imensidão do lago.

A fotografia prende a fração do momento, pausa a cena no instante, tira o movimento, paralisa a água e a dança das ninféias, que desabrocham as retas, o estrutural, com recortes de detalhes e o minimalismo. Agora Nada de estático, mas em movimento, o balanço da água e dos galhos que retomam sua dança embalada pelo vento Parisiense. Nesse pra lá e pra cá dos galhos, as franjas continuam dançando soltas, mas envolvendo as ninféias e acalmando a água do lago azul.

A tela vira tecido estrutural que envolve, desenha e modela o corpo, a transparência da água azulada revela as curvas escondidas atrás do mistério dos tules e a delicadeza das organzas.

Monet olha seu jardim, floresce sentimentos e sentidos e descobre o impressionante."
 

Todos os detalhes da Coleção foram retirados da inspiração, como o acabamento das roupas, o qual não existia, pois no impressionismo tudo é fugaz e rápido, é a primeira impressão! As sandálias, representavam o reflexo e do lago de Giverny, que reflete toda a delicadeza e beleza da mulher e da alma. As franjas, ou tiras ocuparam o lugar dos galhos e dos salgueiros... O tule e a Organza nude são o outono e a secura do jardim de Monet, que remetem as dificuldades que todos passam ao longo das nossas vidas! 





Criação e Produção: Suzan Polegato
Modelagem e Costura: Suzan Polegato e Val Souza
Auxiliares: Marli Susete Nocera Polegato, Vivian Lorenzato, JP Trovo.
Edição de Video e Audio: João Vitor Lorenzato e Suzan Polegato
Modelos: Cintia Silva, Debora Polegato, Fernanda Loos, Flávia Loss, Melissa Toledo.
Beleza: Maria Nocera, Marli Susete Nocera Polegato e Suzan Polegato.
Contato: suzanpolegato@hotmail.com 

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